O litoral brasileiro e sua compartimentação: uma analise dos escritos de ab'saber
CENTRO DE CIENCIAS NATURAIS E EXATAS
CURSO DE GEOGRAFIA
DISCIPLINA DE GEOGRAFIA DO ESPAÇO BRASILEIRO
PROF. DR. EDUARDO SCHIAVONE CARDOSO
João Paulo Delapasse Simioni
MUEHE D. 2012 O litoral brasileiro e sua compartimentação. In: CUNHA SB da & GUERRA AJT. Geomorfologia do Brasil. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, p: 273-349. 2012.
O autor considera as variáveis indutoras do litoral como aspectos geológicos/geomorfológicos e os condicionantes oceanográficos. Sendo assim, encontram-s os lineamentos estruturais, como as falhas e fraturas, resultantes das diversas fases de dobramento de fundo e atividade tectônica (Ruellan, 1952), os quais formaram o atlântico sul e separaram os continentes sul-americano e africano. Além disto, estes afastamentos significativos formaram progradações sedimentares como no cone do Amazonas, construções vulcânicas como a plataforma de Abrolhos e também atividades tectônicas terciárias como a zona de fratura do Rio de Janeiro.
Já na plataforma continental interna o efeito das ondas sobre o fundo marinho depende do comprimento e altura das mesmas e da granulometria, peso especifico e forma dos sedimentos. No Brasil falta um consenso quanto ao limite distal da plataforma continental interna, e neste caso segue as cartas náuticas que aproximasse de 50 metros.
O clima de ondas é a principal variável indutora dos processos costeiros de curto e médio prazos. Ela é responsável pelo transporte de sedimentos nos sentidos longitudinal e transversal à linha de costa. Dados sobre ondas na crosta brasileira, baseados em medições de altura e direção são raros, restringindo-se praticamente à localização de portos. Assim sendo, uma alternativa para estudo de transporte litorâneo tem sido a utilização de observações visuais de ondas distantes da costa, feitas a bordo de navios.
Uma das causas mais freqüentes da erosão ou progradação costeira é a alteração no volume de sedimentos transportados