O legado afro-brasileiro na baía do Benim
Acontece que são baianos assim dizia Gilberto Freyre sobre a comunidade de escravos libertos no Brasil que retornaram para Benim, África. Agudás como são conhecidos na língua local. Os brasileiros do Benin como são conhecidos levaram muito mais que nossa cultura religiosa, alimentícia e sobrenomes portugueses Souza, Silva, Almeida levaram também nosso modelo de construção e de organização de espaços.
A partir de 1835 com o estabelecimento de afro-brasileiros nas cidades de Porto Novo e Uidá ouve um impacto arquitetônico sobre as paisagens dessas cidades. Modelos de construções brasileiras podiam ser observadas nas cidades de Porto Novo e Uidá. Alguns casarões dessas cidades foram construídos no estilo colonial Brasileiro. Também foram os descendentes de escravos ou mestiços brasileiros que fabricaram moveis como mesas, cadeiras e sofás. Herança essa deixada pelos primeiros brasileiros que chegaram ao país.
Há vários fatores que explicam o surgimento deste novo estilo arquitetônico. Em primeiro lugar entre os afro-brasileiros retornados um considerável eram artesãos. Em 1897, em Lagos, havia 96 homens registrados com seis armários de fabricantes, 11 pedreiros e construtores, pedreiros e construtores mestres alfaiates, 9 e 21 carpinteiros, 24 comerciantes de 17 funcionários. 23 por cento das populações afro-brasileiras eram carpinteiros. Carpintaria e alvenaria permanecem a principal ocupação de alguns dos retornados brasileiros. Alguns pedreiros e carpinteiros, como Francisco Nobre que construíram a igreja de Santa Cruz em Lagos e o carpinteiro, o Sr. Joa Batista da Costa, construiu a Mesquita Shitta em Lagos. Além disso, as crianças afro-brasileiros foram treinados como aprendizes, que se espalham por todo o país e favoreceu o florescimento do estilo afro-brasileira (Da Cunha: 1985).
A arquitetura afro-brasileira de inspiração barroca brasileira de influencia de Portugal mudou a concepção de espaço. As construções