O jogo e a Ação Pedagógica
A questão do abandono é algo que nos chama a atenção, onde as razões eram distintas, ora pela falta de recursos financeiros, ora pela falta de desejo dos pais de cuidarem de seus filhos, haja vista que existiam as amas de leite em virtude da mãe não querer amamentar seu bebê.
É nesse contexto de exclusão e abandono que surgem os hospícios, orfanatos e a famosa roda. A partir do século XVIII as instituições como: forças armada e igrejas passam a se interessar pelas crianças, pois viam nelas uma forma de reprodução de suas ideologias, onde ela é vista como o soldado de amanhã, mãe, pais, ou seja, o cidadão do futuro e passa a ser vigiada e controlada pelos aportes religiosos e políticos.
A escola então surge para persuadir os filhos das famílias tratadas como incompetentes, com a finalidade de torná-las pessoas de honra.
Percebe-se a forma de controle sobre a infância em níveis distintos: onde a de classe alta era educada para governar e a ela era garantida uma educação científica e de qualidade e aos filhos de classe trabalhadora pensava-se em uma educação voltada ao desempenho de ofícios futuros. Com o decorrer do tempo o Estado passa a se responsabilizar e assumir um papel paternal sobre as crianças.
Um outro fator que nos salta aos olhos na leitura é a questão da violência em relação à criança, onde a mesma sofria fisicamente as penas por não ser aquilo que se esperava dela. Uma situação clássica nos lares e na escola era a palmatória, que posteriormente foi substituída “por más notas”.
Em 1762 na França o colégio Le-Gnande argumenta que o “castigo não corrige, embrutece”. Porém ainda nesse período os castigos não estavam ainda extirpados completamente. Juntamente com essa mudança de posicionamento em relação à punição, também se observou que no período