O imperialismo manifestou
Durante todo o século XIX a hegemonia nos países latino-americanos foi da Inglaterra e, no século XX, transferiu-se para os EUA. A América Latina integrou-se ao quadro político internacional, no pós-guerra, como região sob influência definitiva dos EUA.
As estruturas de poder na América Latina, sobretudo na América do Sul, permaneceram até meados deste século vinculadas aos interesses de uma elite agrária (oligarquias).
Na virada das décadas de 1930/1940 essas formações políticas entraram em crise basicamente por duas razões: a Crise de 29, que desestabilizou as economias agrário-exportadoras (base do poder oligárquico) e a rápida industrialização e urbanização. Com a consolidação da estrutura urbano industrial, novos segmentos sociais se fortaleceram: a burguesia industrial, a classe média e o operariado. As cidades tornaram-se mais importantes economicamente que o campo e passaram a ser habitadas por uma incrível massa humana (principalmente em razão do êxodo rural) sem condições decentes de vida, vulnerável aos discursos, demagógicos e populistas. Assim, os movimentos, partidos e líderes populistas nascem e se desenvolvem nas cidades, e seus discursos e práticas dirigem-se à grande massa urbana, especialmente ao operariado. O exagerado nacionalismo, a ideia do desenvolvimento industrial e a tutela sobre as leis sociais de defesa e os segmentos mais pobres e humildes da sociedade fazem parte do populismo; o carisma pessoal e a demagogia fácil são também características dos seus líderes.
É interessante notar que o