O impacto da urbanização em Lagoas do Rio de Janeiro: estudo de caso sobre as Lagoas Rodrigo de Freitas e de Araruama
Clara Ayume Ito de Lima
Mestre em Ecologia e Recursos Naturais (UENF)
Milena de Oliveira Viegas
Graduada em Ciências Biológicas, pós-graduanda em Biodiversidade e Sustentabilidade (Estácio)
Any Bernstein
Doutora em Biotecnologia, mestre em Bioquímica, professora na Fundação Cecierj
Este artigo foi selecionado dentre os estudos de casos apresentados por alunos na disciplina Sustentabilidade no Contexto das Ciências, oferecida pela Diretoria de Extensão da Fundação Cecierj. O professor pode complementar com este assunto as aulas de disciplinas como Biologia, Ciências, Química e Educação Ambiental, entre outras. Este trabalho pode também servir como sugestão para realização de trabalhos da turma em seu próprio meio ambiente.
Impactos ambientais causados pela urbanização nos ambientes aquáticos
A ocupação de áreas urbanas de forma desordenada e sem infraestrutura sanitária leva a um aumento na degradação ambiental, e a poluição gerada por ações antrópicas leva à adição de substâncias e de energia que alteram as características químicas, físicas e biológicas desses ecossistemas. No caso dos ecossistemas aquáticos, o impacto de um poluente será tão maior quanto for sua concentração e a capacidade do compartimento que o recebe em degradá-lo.
Dentre os diferentes tipos de corpos d'água, as lagoas costeiras sofrem grande impacto ambiental, por estarem situadas em área urbanizada entre o mar e o continente, recebendo os resíduos produzidos pelas atividades humanas realizadas em seu entorno (Soffiati, 1998). No Estado do Rio de Janeiro, as Lagoas Rodrigo de Freitas e de Araruama são exemplos de corpos d'água costeiros que vêm sofrendo queda na sua qualidade ambiental devido a intervenções antrópicas.
Em ambas ocorreram alterações urbanísticas que levaram à diminuição da sua área original, dos canais de escoamento de água pluvial e, para piorar o