O homem
A eutanásia não é um problema recente e não está apenas ligado aos desenvolvimentos na medicina moderna. Quando algum indivíduo contrai uma doença terminal surge logo esta questão. A eutanásia é portanto um problema persistente com o qual se desafiam ideologias diferentes.
Desde a Grécia antiga que esta é uma questão discutida, no entanto, naquela época era perfeitamente aceite: uma vida de má qualidade não era digna de ser vivida, e por isso a eutanásia não chocava a sociedade.
A eutanásia voltou para o centro do debate social no princípio do séc. XIX, a partir do momento em que os progressos da medicina ao nível dos tratamentos físicos e do prolongamento da vida levaram o Estado, a comunidade médica, os filósofos e os teólogos a debater o tema da qualidade de vida e dos direitos para um ser humano de determinar o momento em que esta qualidade se degradou ao ponto de se tornar aceitável e lícito de pôr um termo à sua agonia e sofrimento.
Deste modo, achamos importante que este tema seja debatido aqui na turma, de forma a todos nós estejamos preparados para ter um voto de palavra quanto a este assunto.
Assim, antes de mais, vamos dar-vos algumas luzes essenciais à compreensão da Eutanásia.
2. A legalização da eutanásia da Europa
A questão da Eutanásia é extremamente complicada e, deste modo, falando apenas em termos europeus, existem algumas desigualdades na legalização das mesmas nos países.
A Holanda foi o primeiro país, a nível mundial, onde a Eutanásia foi aceite, isto no ano de 2000. Seguidamente a Bélgica, a Dinamarca e a Suíça.
No caso da Alemanha e Áustria, a eutanásia passiva, desligar as máquinas por exemplo, pode ser realizada, no entanto, tem de ter o consentimento do utente ou familiares.
3. O que é a eutanásia?
A eutanásia deriva do grego e significa “uma boa morte”. Consiste muito resumidamente num processo que se realiza quando um individuo se encontra num estado avançado e incurável de uma doença que