O homem, um animal simbólico
O homem é o único animal que se diferencia dos outros animais, pois uma de suas características é produzir símbolos, transformando o meio social em que vive, através da sua interferência na natureza, ele cria representações simbólicas. Esta é a grande diferença entre os homens e os animais, o fato de que todo comportamento humano depende de regras simbólicas, e é esta faculdade que permite a continuidade de sua espécie. A partir daí e das relações entre os homens, surge o mundo dos bens simbólicos, dos saberes sobre os próprios homens, configurando o mundo da cultura. Dessa forma o ser humano pode atribuir significados arbitrários e convencionais aos objetos, e somente ele é capaz de compreender signos. Com efeito, o simbolismo esta em toda parte, e eles servem tanto para representar quanto para interpretar a realidade, criando o universo de significados culturais próprios de cada grupo social, sejam elas na esfera do trabalho, da economia, do comportamento, da sociabilidade, da religiosidade etc. São efetuados segundo as regras e convenções simbólicas socialmente prescritas pela cultura. A simbolização permite que as tradições e valores culturais de uma sociedade, seja transmitida de uma geração á outra, garantindo sua continuidade.
Por isso o homem é considerado um animal simbólico, que para se expressar necessita da linguagem fonética, que é a principal forma de expressão simbólica, veiculo de transmissão de idéias e sentimentos, e justamente por possuir cultura, tem o poder de transmitir experiências através da linguagem falada, que é uma decorrência de sua capacidade de simbolizar e colocar em prática todo o sistema simbólico elaborado no interior de suas sociedades. Rubem Alves destaca o importante papel desempenhado pela linguagem na estruturação dos sistemas simbólicos humanos. “Na linguagem encontramos as marcas, os limites do corpo. É por isso que o homem não pode mais gozar o sem corpo imediatamente como os animais,