O homem medícore

Mediocridade e Virtude. Introdução e três primeiros capítulos (p.01-148)
INGENIEROS, José. O homem medíocre. Campinas: Edicamp, 2003.
“O ideal é um gesto do espírito em direção a algum ideal.” (p.02)

“A imaginação, é certo, partindo da experiência antecipa juízos sobre os futuros aperfeiçoamentos: os ideais, entre todas as crenças. representam o resultado mais alto da função de pensar.” (p.03)

“Evoluir é variar. Na evolução humana o pensamento varia incessantemente.” (p.05)

“À medida que a experiência humana se amplia, observando a realidade, os ideais são modificados pela imaginação, que é plástica e não repousa jamais.” (p.07)

“Os ideais são sempre individuais. Um ideal coletivo é a coincidência de muitos indivíduos em um mesmo afã de perfeição. Não é que uma ideia os una, senão que análoga maneira de sentir e de pensar convergem em direção a um ideal “comum” a todos eles.” (p.08)

“A experiência, e apenas ela, decide sobre a legitimidade dos ideais, em cada tempo e lugar. No curso da vida social, selecionam-se naturalmente, sobrevivem os mais adaptados, os que melhor preveem o sentido da evolução; vale dizer, aqueles que coincidem com o aperfeiçoamento efetivo.” (p.11)

“Todo ideal é sempre relativo a uma imperfeita realidade. Não há ideal absoluto.” (p.13)

“Cada época tem certo ideais que pressentem melhor o porvir, entrevistos por poucos, seguidos pelo povo ou afogados por sua indiferença, ora a orientá-la como polos magnéticos, ora a quedar latentes até encontrar a glória em momentos de clima propício. E outros ideais morrem, porque são crenças falsas: ilusões que o homem forja sobre si mesmo ou quimeras verbais que os ignorantes perseguem dando golpes na sombra.” (p.14-15)

“O aperfeiçoamento humano efetua-se com ritmo diverso nas sociedades e nos indivíduos. A maioria possui uma experiência submissa ao passado: rotinas, pré-juízos, domesticidade.” (p.17)

“Na evolução humana os ideais mantêm-se em equilíbrio instável todo