O homem hideggeriano

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O homem heideggeriano

Há muito tempo, no século XVIII, havia um filósofo chamado René Descartes, que em suas tentativas de fundamentar suas teorias sobre as coisas desenvolveu o argumento do Cógito (consiste na afirmação de princípios certos e seguros) ... Na época foi discursada a teoria da “Lógica do Disputatio”, uma dicotomia consistente em S -> O (sujeito -> objeto).

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Não satisfeito com uma teoria simplista, Edmund Husserl (século XIX), propôs um argumento diferente questionando e criticando a dicotomia cartesiana. Sua “Teoria da Intencionalidade” consiste em afirmar que as vivências são intencionais com referência a um objeto, isto é, são atos de consciência caracterizada de intenção por que é sempre consciência de alguma coisa.

[pic] Martin Heidegger (século XX), que foi aluno de Husserl, o tinha como exemplo. Mas com o passar do tempo percebeu que a teoria de seu mestre era deveras semelhante a dicotomia cartesiana e que isso remetia exatamente na mesma idéia que ela. Não achando essa teoria consistente, decidiu desenvolver a própria, daí então começa a ser discutido o tema que perdura até hoje, descobrir o que as coisas são através delas mesmas e não de teorias precedentes...

Ser-aí / Dasein

Segundo Werle (2003), “o Ser-aí ou Ser-no-mundo é a tradução da língua portuguesa do termo alemão Dasein, muito usado no contexto filosófico como sinônimo para existência.” Em Ser e Tempo, Heidegger propõe uma questão filosófica: O que é ser? O homem enquanto ente que existe prontamente no mundo, o ser-aí, é o único que pode questionar o ser. A partir daí inicia-se a discussão sobre o “ôntico - relativo ao ente - e o ontológico – relativo ao ser- (...) é certo que o ser só se dá no ente, mas isso não significa que pode ser reduzido ao ser do ente” (WERLE, 2003). A existência fenomenológica, eksastis (origem grega), significa ente dotado de ser ou estar para fora, num impasse de força que é lançado. O ser-aí não

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