O gênero histórico nas artes visuais
Resumo: Apesar de na contemporaneidade a expressão artística não estar mais sistematizada e condicionada à categoria e hierarquia dos chamados gêneros, os mesmos ainda se fazem presentes nas mais variadas poéticas visuais. Enfocando aqui o gênero histórico, e investigando sua gênese e sobrevivência até a atualidade baseando-se em análises bibliográficas e de obras artísticas – a presente pesquisa busca refletir sobre esta sobrevivência do gênero histórico na cultura artística moderna e contemporânea. Palavras-chave: pintura histórica, gênero histórico, modernidade, contemporaneidade. Mariana Borges Bizinotto Graduanda em Artes Visuais pela Universidade Federal de Uberlândia http://lattes.cnpq.br/4242671550537791 Orientador: Prof. Dr. Renato Palumbo Dória Professor Adjunto de História da Arte no DEART-FAFCS / UFU http://lattes.cnpq.br/2278287013957726
Introdução: Ao longo da história da arte se deu a divisão e subdivisão da linguagem da pintura em diversas modalidades, os chamados gêneros artísticos, maiores e menores, entre os quais o Retrato, a Paisagem, a Natureza-morta, a Pintura Histórica, etc. Embora a bibliografia sobre esta questão seja relativamente escassa, ao menos nos acervos bibliográficos da UFU, julgamos relevante a presente pesquisa por ela permitir uma visão crítica das complexas relações que podem se estabelecer entre Arte e História. A literatura também possui uma categorização em gêneros de expressão, o que permite uma comparação entre as duas áreas, plenas de correspondências. Nas artes visuais o gênero que mais se aproxima da noção de texto é o próprio gênero histórico, tanto por sua carga narrativa quanto pela sua função social como ferramenta de construção e desconstrução da memória coletiva – sendo fundamental neste contexto o conceito literário de gênero épico. Embora hoje a expressão artística tenha rompido com o sistema dos gêneros, parece-nos evidente a sobrevivência moderna e