O Guarani
As versões sobre o nascimento de sua famosa ópera “O Guarani” são muitas. A mais recorrente diz que, certa tarde, em 1867, passeando pela Praça do Duomo, ouviu um garoto apregoando: “Il Guarany! Il Guarany! Storia interessante dei selvaggi del Brasile!”. Tratava-se de uma péssima tradução do romance de José de Alencar, mas aquilo interessou de súbito o maestro. O resto é história: a noite de estréia da nova ópera foi em 19 de março de 1870, no Teatro Alla Scalla de Milão.
Seu mecenas era o Imperador Pedro II, a quem o compositor devia reconhecimento e serviços artísticos. Satisfazer um monarca, um país, editores, o público e a si mesmo, tornou-se, para ele, uma tarefa muito penosa. Mesmo consagrado na Europa, Carlos Gomes nunca deixou de compor modinhas românticas que rememoravam a quietude dos salões das antigas fazendas de café, o coreto de Campinas, ou São Paulo das repúblicas estudantis e ruas enluaradas, lugar que o jovem Gomes tanto percorrera em companhia de estudantes da antiga Faculdade de Direito.
Já muito doente, chega ao Pará em abril de 1896. Morre em 16 de setembro do mesmo ano.
“O GUARANI” – JOSÉ DE ALENCAR (1829-1877)
A ópera “O Guarani”, criada por