O grafismo nas séries iniciais
Monica Roberta Devai Dias[1]
RESUMO
O trabalho mostra um estudo do desenvolvimento progressivo do desenho infantil do 0 aos 5 anos de idade. Analisar a importância do grafismo como forma de expressão dos sinais emitidos pelas crianças e através da ação educativa e de desenhos coletados é possível analisar a passagem dos rabiscos iniciais, da garatuja, para construções cada vez mais ordenadas, fazendo surgir os primeiros símbolos. Analisando que no decorrer da simbolização, a criança incorpora progressivamente regularidades ou códigos de representação das imagens do entorno, passamos a considerar a hipótese de que o desenho serve para imprimir o que se vê. Desse modo o estudo desenvolve novas possibilidades para o ensino da revelando que por meio do desenho, a criança cria e recria individualmente formas expressivas, integrando percepção, imaginação, reflexão e sensibilidade.
Palavras-Chave: Grafismo infantil, psicopedagogia e desenvolvimento.
1 INTRODUÇÃO
O desenho constitui o modo de expressão próprio da criança, uma forma expressiva que possui vocabulário e sua sintaxe. Percebe-se que a criança faz uma relação próxima do desenho e a percepção pelo adulto. Ao prazer do gesto, associa-se o prazer da inscrição, a satisfação de deixar a sua marca. Os primeiros rabiscos são quase sempre efetuados sobre livros e folhas aparentemente estimulados pelo adulto, possessão simbólica do universo adulto, tão estimado pela criança pequena. Essas garatujas refletem, sobretudo, o prolongamento de movimentos rítmicos de ir e vir se transformam em formas definidas que apresentam maior ordenação, e podem estar se referindo a objetos naturais, objetos imaginários ou mesmo a outros desenhos. Na evolução da garatuja para o desenho de formas mais estruturadas, a criança desenvolve a intenção de elaborar imagens no fazer artístico.
Desse modo, desenvolvi o