O filme “A classe operária vai ao paraíso”, de Elio Petri
Relata dois importante aspectos: A Alienação e a produção da mais valia.
Em um dos primeiros diálogos do filme, o operário Lulu Massa diz a sua esposa que o seu cérebro é como uma máquina de precisão.
“O indivíduo trabalha para comer.
(...) A comida desce e aqui tem uma máquina que amassa. (...) O indivíduo é como uma fábrica! (...)
No sistema capitalista, a alienação começa no processo produtivo, em que o trabalhador usa sua força de trabalho e não tem consciência do que está produzindo, sobre a quem deve ser destinada sua produção, a que preço.
Marx diz: “Eles fazem, mas não sabem”. Isto é, os trabalhadores produzem toda a riqueza na sociedade capitalista, mas não tem consciência disso, pois são alienados.
O trabalhador se escraviza, esforçando-se para cumprir metas de produção e superar os demais, durante toda sua jornada de trabalho, todos os dias da semana,e meses no ritmo repetitivo das maquinas alienadamente, e não tem a menor idéia a que mercadoria final ele pertence.Toda sua vida está marcada por aquele repetitivo movimento,o trabalho se torna uma atividade torturante e não uma realização,mas é necessária como meio de sobrevivência, demonstrando que ele vive para trabalhar e não trabalha para viver.
O homem se desumaniza quando trabalha, pois torna-se máquina, o trabalhador se sente humano quando está fora do trabalho e não dentro dele. O homem se auto-aliena no processo de trabalho. Podemos notar a dificuldade que o operário Lulu tem em seu convívio familiar, a alienação em seu trabalho acaba refletindo no ambiente do lar se tornando sacrificante a convivência com sua esposa, a situação do operário não permite outras atividades, pois se destina apenas em repor suas forças para a jornada de trabalho no dia seguinte.
É possível perceber a questão da alienação do trabalho no capitalismo ao observarmos a conversa de Lulu Massa e Militina seu velho amigo que acabou