O EVOLUCIONISMO CULTURAL POSTERIOR A ERA DAS NAVEGAÇÕES

UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA
ISADORA ARAÚJO MENEZES

AVALIAÇÃO DE ANTROPOLOGIA I

O EVOLUCIONISMO CULTURAL POSTERIOR A ERA DAS NAVEGAÇÕES
Como as conquistas de novos territórios entre os séculos XV e XVII transformaram as civilizações

Uberlândia
2014
Durante a Renascença, numa Europa que vivenciava um momento de transição cultural e mental e quando surgia uma nova visão sobre o mundo e sobre o próprio homem, deu-se início a Era das Navegações. As grandes navegações visavam à ampliação mercantilista marítima – encontrar novos caminhos para chegar a territórios produtores de especiarias e riquezas – e foram financiadas pela burguesia, pela Igreja e pelo Estado, que buscavam riquezas (ouro, prata, temperos e produtos culinários, entre outros), expandir seu domínio convertendo novos fiéis e conquistar novos territórios, respectivamente. Essa expansão procurava quebrar o monopólio árabe e italiano sobre a comercialização dos produtos orientais e teve como precursores Portugal e Espanha que, mais tarde, foram seguidos por Inglaterra, França e Holanda. Essas expedições chegaram a terras nunca antes exploradas, tanto na África quanto na América, e os navegadores tiveram contato com novos povos e seus idiomas, hábitos e cultura. Gérard Leclerc (1972, p. 13) analisando a conquista desses territórios, diz:
“Quanto às populações que os habitam, ou melhor, que apenas ocupam de modo mais ou menos legítimo, mas em todo caso sem eficácia, não preocupam a ‘civilização’. As novas ciências do homem saberão pelo menos estuda-las e catalogá-las antes que alguém as civilize.” Sobre essa ótica, podemos perceber que a Europa sofre influências das novas culturas descobertas, já que há uma preocupação que esses modelos de civilizações influenciem e desestabilizem o Estado europeu, mas essa, como lido acima, não é a maior delas, já que para Leclerc estas nem podem ser consideradas civilizações. O foco do pensamento renascentista agora é