O ESTADO POPULISTA
O ESTADO POPULISTA
Constitui-se o que se chamou Estado populista aquele que emerge – frente a decadência do modelo anterior – da associação artificial de interesses policlassistas não convergentes, cujos agentes históricos viam com descontentamento a situação social, econômica e política gerada e sustentada pelo projeto oligárquico. A emergência do modelo populista começa a dar-se quando o sistema primário-exportador, base do poder oligárquico, fragilizado e vulnerável pela dependência externa, conhece os efeitos drásticos, em termos gerais, advindos da queda no mercado consumidor [primário-importador], conseqüência da crise econômica que começa a gressar pelo hemisfério norte após a primeira Guerra Mundial e que se acirra durante a década de 1920.
Frente aos efeitos nocivos da dependência econômica externa e do domínio do capital multinacional em associação com a oligarquia, forças sociais alijadas do poder e para as quais o sistema sustentado pela classe dominante não oferecia perspectivas, aliam-se, somando suas forças, apesar de seus interesses diversos, a fim de gerar uma forma alternativa política, econômica e social e vise superar os problemas há tempo experimentados. Assim, aliadas forças que sós não teriam capacidade para enfrentar o antigo sistema, essas lançam-se em um movimento que consiga produzir o desenvolvimento desejado, ao mesmo tempo que minimize as disputas entre as classes pela criação de um objetivo comum. Todavia, a oligarquia ainda que perdesse sua importância, não se pode dela dizer que fora totalmente excluída da vida política, pois que a própria burguesia que pactua com as classes médias e populares advinha do sistema oligárquico.
O estado populista, como complexa manifestação sócio-política, assume, nos diferentes espaços onde se verificou, as variantes ditas democrática e autoritária[ditatorial] que, amiúde, dada a gama de características afins, à uma observação mais crítica, não seriam tão