O ESPAÇO PÚBLICO COMO AMBIENTE CONSTRUIDO
PALAVRAS CHAVE: Público, edifício, vizinhança, mudança, comércio.
Por definição, espaço público é aquele que é de uso comum e posse coletiva (pertence ao poder público). Existem os que são totalmente livres e os que, mesmo públicos, possuem certa restrição ao acesso.
Até o século 19 havia poucos edifícios públicos, mesmo esses não eram de maneira integral. Os espaços públicos eram quase sempre ao ar livre, como parques e praças. A partir do século 19, principalmente com o dinheiro da comunidade, passaram a serem construídos edifícios públicos.
“Enquanto o espaço pode se transformar num lugar, uma vez que a ele se atribuam valores e significados o lugar pode ser reconhecido por meio das experiências afetivas pelas quais uma pessoa constrói sua realidade. (...) Descobriram o valor do lugar comum e sua importância na valorização da vizinhança, dos bairros e das cidades.” (Lincoln Paiva: A construção do espaço público)
A criação de locais públicos desencadeia diversas mudanças na vizinhança. Além de marcar a vizinhança, gera uma expansão contínua, novos papeis sociais, novas trocas e continuem, algumas vezes, centros urbanos artificiais.
Os locais públicos são, muitas vezes, ponto de encontro de visitantes e pessoas, a constante passagem de pessoas e a espera desencadeia o crescimento de restaurantes, lojas, comércio (razão mais importante para o intercâmbio social, local onde há trocas de notícias e a interação cidade – campo).
Tomemos como exemplo a Praça da Estação. A criação coincide com a fundação de Belo Horizonte no final do século XIX. Era, desde os tempos inaugurais da nova capital, uma importante referência urbana.
Constituía-se o pórtico da cidade, o lugar de recepção e despedida das pessoas que vinham conhecer as inovadoras obras arquitetônicas e urbanísticas que estavam sendo construídas no interior do país.
Localização da Praça da Estação Criação da Praça da Estação
Essa atração de