O espa o agropecu rio brasileiro
1. A DUPLA FACE DA MODERNIZAÇÃO AGRÍCOLA
Segundo dados do IBGE de 1999, 24,2% da PEA (população economicamente ativa) brasileira trabalham em atividades agrícolas, mas a agropecuária é responsável por apenas 8% do nosso produto interno bruto. Percebemos que, apesar da modernização verificada nas técnicas de produção em regiões onde agroindústria se fortaleceu, ainda persistem o subemprego, a baixa produtividade e a pobreza no campo.
Quando analisamos a modernização da agricultura, é comum pensarmos na modernização das técnicas e esquecermo-nos de observar quais são as consequências da modernização nas relações sociais de produção e na qualidade de vida da população.
A outra faceta da modernização das técnicas é a valorização e consequente concentração de terras, a plena subordinação da agropecuária ao capital industrial, além da intensificação do êxodo rural em condições precárias.
O Brasil é o país que apresenta uma das maiores concentrações de terra do mundo, verificamos aqui uma grande concentração de terras nas mãos de alguns poucos proprietários, enquanto a maioria dos produtores rurais detém uma parcela muito pequena da área agrícola. Há, ainda, centenas de milhares de trabalhadores rurais sem terra. Essa realidade é extremamente perversa, à medida que cerca de 32% da área agrícola nacional é constituída por propriedades onde a terra está parada, improdutiva.
2. O ESTATUTO DA TERRA
O estatuto da terra é um conjunto de leis criado em novembro de 1964 e que possibilitou a realização de um censo agropecuário. Procurava-se estabelecer uma política de reforma agraria que, na prática, foi implantada com muita timidez em áreas de conflito, com o claro intuito de abafar focos de pressão popular.
3. CATEGORIAS DE IMÓVEIS RURAIS
● MINIFÚDIO: esses são os grandes responsáveis pelo abastecimento do mercado interno de consumo, já que sua produção é, individualmente, obtida em pequenos volumes, o que inviabiliza economicamente a