O ensino sobre tecnologia da informação
Parece-nos oportuno iniciar a reflexão sobre o ensino das Tecnologias de Informação – (TI’s) com as recomendações das Diretrizes Curriculares para os Cursos de Serviço Social aprovados em 1999 que indicam a necessidade de “propiciar ao aluno o acesso aos recursos de informática, como instrumento de trabalho acadêmico e profissional”. Reconhecia-se naquele documento normativo da formação profissional o impacto que as novas tecnologias de informação e comunicação têm sobre o mundo do trabalho em geral e sobre o serviço social em particular.
As escolas de serviço social já vêm fazendo adequações nos seus programas de estudo no sentido de incorporar as recomendações das diretrizes curriculares, quanto ao ensino da “informática”. Entretanto, para que as tecnologias de informação sejam incorporadas como parte constitutiva da formação de assistentes socais é necessário se avançar mais na delimitação de que conteúdos são os adequados nesta área.
A discussão deve necessariamente abarcar as questões éticas relativas ao uso das TI´s; ao equilíbrio de poder propiciado pela nova tecnologia aos grupos sociais, considerar também o risco de um novo tipo de analfabetismo: o dos assistentes sociais que não procuram inovar seus métodos tradicionais de intervenção e, finalmente as formas de apropriação destes meios ajustados à do serviço social.
Nesse processo de inserção, inicialmente, não seria exagerado insistir que “o acesso aos recursos da informática” conforme reza a recomendação das diretrizes curriculares, não poderia se limitar, como ocorre em algumas escolas, ao ensino dos aplicativos mais populares de edição de texto, planilhas eletrônicas e apresentação de slides. O domínio destes recursos hoje é equivalente ao da “datilografia” de alguns anos atrás e seu ensino é tarefa de outras instituições. Além disso, uma boa parte dos estudantes de serviço social (63%) da Universidade Estadual de Londrina, em pesquisa recente feita pelo projeto de pesquisa denominado