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A corrupção de pessoas menos esclarecidas é mais fácil, basta um sofisma bem aplicado. Mas ocorre facilmente também em pessoas cultas, pois a manipulação (ou ataque mágico (1) não acontece pelas vias racionais, mas sim pelo ego, mais especificamente em um de seus aspectos, o kama-rupa. Conhecido por seus discursos vorazes, Silas compreende o umbandismo não só como um pecado, mas como uma afronta religiosa.
As liberdades de expressão e religiosa estão entre as mais importantes conquistas da nossa sociedade. Poder expressar nossa fé e convicções políticas não é pouca coisa. São direitos fundamentais, frutos de vigorosas lutas políticas voltadas para a consolidação de um Estado Democrático de Direito.
É falsa a idéia de que nós, brasileiros, somos um povo cordial e tolerante. São gritantes e cotidianos os episódios de racismo, machismo e preconceitos presentes no país. O poder público mostra-se, frequentemente, pouco interessado e ineficiente diante destes casos. A discriminação de negros, a desqualificação das mulheres e a liberdade religiosa são apenas alguns exemplos de nossa intolerância frente às minorias e diferenças. Discursos como os de Silas Malafaia não colaboram para a superação deste quadro. Ao contrário, ao colocar a espiritismo e pecado no mesmo plano de análises, o sacerdote produz em seu público-alvo