O ensino da sã doutrina
Introdução: Quando se fala de educação teológica ou ministerial logo se pensa em instituto ou seminário bíblico. No entanto, os institutos, seminários e faculdades teológicos e ministeriais surgiram para preencher a lacuna que se abriu nas igrejas locais quanto ao ensino bíblico. Noutras palavras, as escolas especializadas existem para complementar uma missão que a igreja deixou de cumprir satisfatoriamente. Sendo assim, os seminários não deviam ser olhados como inimigos ou concorrentes, mas como parceiros das igrejas. Não nos esqueçamos também que as escolas bíblicas necessitam das igrejas locais para suprirem o seu produto principal, que são os alunos. Assim, concluímos que o que se faz nos seminários é o que se devia estar fazendo nas igrejas locais.
I. QUEM DEVE OU PODE MINISTRAR NA IGREJA LOCAL? A. A Bíblia responde satisfatoriamente a esta pergunta. Em sentido geral, todos os crentes deveriam estar preparados e dispostos a realizar essa tarefa. É o que nos ensina o apóstolo Paulo, quando escreve aos irmãos Colossenses (3:16). Aqui, dentre vários deveres cristãos, Paulo recomenda que cada crente “habite ricamente a palavra de Cristo; INSTRUI-VOS ACONSELHAI-VOS MUTUAMENTE EM TODA SABEDORIA...” B. De forma mais especializada e sistemática, deve ocupar-se deste ministério os mestres ou professores “leigos” da igreja. Veja os exemplos de Jerusalém (At 6: 7,8) e de Antioquia (At 13:1). Estevão, um dos sete diáconos primitivos, escolhido para servir às mesas, tornou-se num dos maiores mestres e pregadores da igreja primitiva, autor do famoso sermão de Atos 7. Um dos mestres locais mais proeminentes, por nome Barnabé, surgiu em Jerusalém e tornou-se mentor do futuro apóstolo Paulo, At 4: 36,37; 11: 22-26. Ágabo, chamado profeta, título este concedido a todos os que, no início da igreja, exerciam a função de ensinar a palavra de Deus foi, juntamente com Judas e Silas, um dos mestres locais que sobressaiu na