O desenvolvimento econômico e industrial do Japão
Com a 1ª Guerra Mundial, as empresas manufatureiras europeias ficaram impedidas de suprir os mercados asiáticos, sendo rapidamente substituídas por fornecedores japoneses. O bom exportador fez com que, ao final da guerra, o Japão acumulasse reservas internacionais em volume suficiente para se tornar um dos credores líquidos do mundo.
Após a 2ªGuerra Mundial, a ocupação militar pelas forças americanas em 1945 representou a mais profunda ruptura da ordem política: inicialmente, os EUA pretenderam punir permanentemente a nação japonesa para que ela não assumisse a sua antiga posição de potência asiática. Porém a partir de 1948, com a Guerra Fria, os EUA mudam a sua política externa e o Japão tornou-se um aliado estratégico relevante contra a expansão comunista na região. Devia-se, portanto, promover a recuperação de sua economia e revitalizar as lideranças políticas locais, de forma a integrar o país, o mais rápido possível, à nova ordem internacional, que estava sendo constituída sob domínio dos EUA.
Entre 1953 e 1973, o Japão desenvolveu-se muito e retornou ao mercado externo. O déficit externo foi eliminado, a antiga estrutura industrial (têxtil) foi substituída por uma nova, centrada nos setores de equipamentos, insumos básicos e bens duráveis, capaz de competir com produtos americanos e europeus de alto valor e densidade tecnológica. Foram as duas décadas do chamado “milagre econômico”, que teve o seu fim com os choques externos a partir de 1973.
A ocupação americana (1945-1953) tinha como objetivo punir permanentemente o povo japonês por sua “aventura militar”, através da desmontagem de sua suas indústrias pesada e tecnologicamente de ponta, da desarticulação de seus grandes blocos de capital e da eliminação do poder econômico e político de suas classes dirigentes, particularmente o das famílias proprietárias dos grandes conglomerados (Zaibatsu), dos latifundiários e dos militares.
Com a Guerra Fria