O DESAFIO DO ERGONOMISTA NO PROJETO DE PRODUTOS DIRECIONADOS A PESSOAS SURDAS
PESSOAS SURDAS
O desenvolvimento de produtos passou por diversas fases em sua evolução histórica, até pouco tempo era focado em aspectos técnicos e funcionais, não se pensava em um produto centrado no usuário, levando em consideração aspectos ergonômicos e de design, tão pouco se pensava em desenho universal. Este artigo pretende fazer uma breve contextualização histórica da ergonomia e do desenho universal, levantando seus parâmetros, com o objetivo de ressaltar a importância destes no projeto de produtos direcionado a pessoa surda. A metodologia escolhida é a revisão de literatura. Somente a partir da década de 1970 que a ergonomia integrou-se as demais áreas do projeto, tendo o ergonomista participação desde as suas primeiras fases, da mesma forma que se passou a pensar no trabalho adaptado ao homem e não o contrário. De acordo com Iida¹ o projeto ergonômico de produto “procura estudar a relação homem-máquina-ambiente para que as máquinas e ambientes possam funcionar harmoniosamente com o homem, de modo que o desemprenho dos mesmos seja adequado”. O autor ainda coloca que o ergonomista geralmente se responsabiliza por: analisar e descrever as tarefas e características do usuário do sistema; elaborar propostas para interfaces alternativas para melhorar a usabilidade; e contribuir para avaliação do produto do ponto de vista ergonômico (conforto, segurança e usabilidade). Foi também em meados da década de 1960 e 70 que houve uma maior conscientização a respeito dos direitos de cidadania das pessoas com algum tipo de deficiência de participar da vida social com autonomia e independência. Em 1985 o termo Desenho Universal foi utilizado pela primeira vez pelo arquiteto Roan Mace que trouxe um novo paradigma acerca do desenvolvimento de projetos tanto de ambientes como de produtos, que consiste em considerar desde o início do projeto “as diversidades das necessidades humanas,