O Conceito de Motivação na Psicologia
O texto “O Conceito de Motivação na Psicologia”, de João Cláudio Todov e Márcio Borges Moreira, publicado pela Revista Brasileira de Terapia Comportamental, discute os diversos usos do termo motivação na psicologia. Apresenta também as origens históricas da pesquisa da motivação humana, que é de suma importância para o entendimento do que é, de fato, a motivação, e alguns problemas epistemológicos na conceituação de motivos. Ao longo do texto, são abordadas discussões como: os conceitos de ciência, psicologia, a questão das hierarquias nos motivos humanos e, é claro, a importância de reconhecer como relevantes no estudo da motivação os processos de interação. A variedade de definições do termo “motivação” é, a priori, caótica. Percebe-se que o mesmo autor pode empregar o termo de maneiras diversas em um só parágrafo, o que faz com que tenhamos que estar sempre atentos ao significado da palavra utilizada de acordo com o seu contexto. Os autores analisam diversos fragmentos em que o termo citado é utilizado de maneiras distintas pelos seus respectivos escritores e, com isso, entendemos a importância da interpretação em tais casos. O interesse contemporâneo pela pesquisa da motivação humana origina-se de três fontes: psicoterapia, psicometria e teoria da aprendizagem. Além de serem áreas distintas, há entre elas divergências quanto aos objetivos do trabalho dos pesquisadores, e também quanto aos métodos a serem empregados. Analisa-se, por conseguinte, o interesse específico de cada área. Para os psicoterapeutas, o problema maior sempre foi o alívio dos desconfortos do cliente. Esses desconfortos eram vistos como resultado de um jogo de equilíbrio dinâmico de forças psíquicas (motivacionais), e o psicoterapeuta é o instrumento de medida dessas forças. Já para a psicometria, o desenvolvimento dos testes psicológicos de aptidões de interesse em motivação dependia de um pressuposto fundamental: o de