O conceito da Enunciação Bakhtiniana dentro do texto “Penélope” de Dalton Trevisan.

O conceito da Enunciação Bakhtiniana dentro do texto “Penélope” de Dalton Trevisan.

O objetivo da análise aqui exposta é observar dentro do texto “Penélope” de Dalton Trevisan, a teoria de “Enunciação” de Mikhail Bakhtin; abordando a utilização da linguagem como fator primordial para o desenvolvimento do ser.
Segundo Bakhtin (1992), a enunciação é o produto da interação de dois indivíduos socialmente organizados, pois sua natureza é social. A enunciação não existe fora de um contexto sócio- ideológico, em que cada locutor tem um “horizonte social” bem definido, pensado e dirigido a um auditório social também definido. Portanto, a enunciação procede de alguém e se destina a alguém. Qualquer enunciação propõe uma replica uma reação.
Bakhtin procura no fundamental, entender o exercício da linguagem humana por parte dos indivíduos, ele trabalha com o mundo em movimento; as transformações, o objeto que está sempre em processo, ele não se submete à forma fixa e imutável. Voltando-se para o conceito de exotopia do mesmo, o individuo tem que se colocar no lugar do outro, almejar compreender os motivos e razoes; isso não ò apaga no que é, mas o transforma na relação com o mundo, converte ao seu próprio Eu, e o acrescenta na experiência com o outro, mostrando através de si o que o outro não vê.
Para Bakhtin (Id. “ibid”, p.132) O diálogo no sentido estrito do termo, não constitui, é claro, senão uma das formas, é verdade que das mais importantes, da interação verbal. Mas pode-se compreender a palavra “dialogo” num sentido mais amplo, isto é, não apenas como a comunicação em voz alta, de pessoas colocadas face a face, mas toda comunicação verbal, de qualquer tipo que seja.
Como vimos acima às duas citações expostas, complementam-se, elas abordam no individuo a aproximação através do discurso de linguagem; a enunciação como produto individual, através da língua, de um texto ou enunciado, em determinado contexto, dirigido- se a um interlocutor, e o diálogo que se volta à