O CENTRO-OESTE BRASILEIRO COMO FRONTEIRA AGRÍCOLA -Geografia
A região Centro-Oeste do Brasil constitui exemplo de região de fronteira que se consolida como área de moderna produção agroindustrial e forte dinamismo econômico.
Apesar de sua ocupação ter iniciado no século XVI, a região até recentemente era considerada como exemplo de vazio demográfico ou, no máximo, como área vocacionada para atividades agrícolas de subsistência, extrativismo e mineração rudimentar. Objeto de políticas de incentivo à modernização agrícola e ocupação das áreas de cerrado, o Centro-Oeste apresentou crescimento mais pronunciado após a década de 1970. O crescimento é resultado de investimentos públicos em infra-estrutura, implementados de forma decisiva a partir do
Plano de Metas e responsáveis pelo início da modernização das vias de transporte, da base energética e das telecomunicações. A infra-estrutura foi complementada por incentivos fiscais, crédito subsidiado e atuação de órgãos oficiais. Assim, no ano de 2000, da quase inexistência de ligações externas na década de 1930, a região respondeu por 7,18% do PIB nacional, destacando-se a participação na produção de soja, algodão e carnes produzidos em sistema moderno e intensivo em capital. Ainda no ano de 2000, ou seja, aproximadamente seis décadas do início da ocupação efetiva, do “imenso vazio” concentrava, 6,81 % da população brasileira, apresentando taxa de crescimento populacional superior à nacional no período com melhoria dos indicadores sociais
Na década de 1990 reduziu a migração de outras regiões para o Centro-Oeste e, portanto, o crescimento populacional urbano está mais condicionado à dinâmica migratória intra-regional. A imigração para o Centro-Oeste também teve como destino seu interior, reforçando a importância desse componente populacional na dinâmica de crescimento dos municípios, inclusive nos pequenos e intermediários. As taxas de crescimento dos municípios com menos de 15 mil habitantes foram positivas