o castelo de vidro
Jeannette Walls é jornalista e já trabalhou em importantes jornais americanos como o US Today, estudou em uma boa faculdade e mostrou seu talento ainda pequena. Não é de se esperar que tenha tantas conquistas na vida, mas após ler seu livro, o leitor fica surpreso de ver como foi sofrido esse percurso.
O óbvio ao ler essa introdução é que este seja um livro de memórias. Mas com o passar das páginas, percebemos que a historia que Jeannette quer contar não é a dela, mas sim de seus pais e como eles a criaram. Uma foto do casamento deles (onde a família Walls finalmente passa a existir) é a abertura do livro, que logo em seguida faz um pulo de mais de vinte anos, o tempo necessário para que a autora explique porque este livro é escrito, e apesar de varias tentativas, Jeannette não conseguiu fazer com que seus pais deixassem de serem mendigos.
Não são mendigos por estarem já velhos, sem dinheiro e não ter onde morar, mas porque optaram viver assim. E nem mesmo os filhos conseguiram mudar essa situação. Chega a soar melodramático falar isso, pois não podemos crer que seres humanos aceitem viver de uma maneira que acreditamos ser tão humilhante e penosa, mas para chegar a este final houve um longo percurso que fez estas as conseqüências para tamanha resolução na vida deste casal, que a autora irá mostrar.
Jeannette começa a relatar a historia da família desde o momento que se lembra de algo, no seu caso quatro anos de idade, quando ela acaba ateando fogo em seu vestido e acaba no hospital com uma parte do corpo queimado. Daí em diante historia começa a se desenrolar de forma até mágica, escrita com os olhos de uma criança, que vê tudo maravilhoso e não existe desgraças, somente