O caso dos exploradores de cavernas
RIO DE JANEIRO
2011
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O caso dos exploradores de caverna.
( Lon L. Fuller)
Cinco homens que exploravam cavernas como amadores ficam presos em uma caverna subterrânea de rocha calcária após deslizamento de terra que fechou o único meio de acesso ao mundo externo. Familiares, após a ausência dos mesmos, buscam o apoio da Sociedade Espeleológica – uma organização amadorística de exploração de cavernas - que inicia os procedimentos de busca e resgate. Durante o resgate, os homens se dão conta de que suas reservas de alimentos não serão suficientes para mantê-los vivos até a conclusão do resgate e resolvem celebrar uma espécie de contrato de sobrevivência que seria embasado nos seguintes tópicos: a) seria tirada a sorte através de dados; b) o desasorteado deveria ser morto e c) os demais membros se alimentariam do cadáver. Um dos homens (Roger Whetmore) desiste do acordo e decide esperar, mas os demais não concordam, acusando-o de violação do acordo e a sorte é lançada por cada um. Na vez de Whetmore, seus dados são lançados por outro membro, ele acaba perdendo e sendo executado. Os quatro homens foram indiciados, pelo Ministério Público, por homicídio e condenados à morte pelo Tribunal do Condado de Stowfield e recorrem da decisão à Suprema Corte de Newgarth. E agora, apresento-vos o meu parecer. Existem fatores periféricos, neste caso, que deverão ser rejeitados para que se possa invocar a plenitude da justiça e da segurança que tanto almejamos. Fatores estes, como a perda de dez trabalhadores que faziam parte da operação de resgate que é justificada pelo mais nobre sentimento da profissão, salvar vidas e se preciso for com o sacrifício da própria vida; a possibilidade da clemência executiva ser concedida aos réus, caso a condenação fosse confirmada etc.