O caso dos exploradores de cavernas
A obra relata um fato ocorrido em uma caverna no ano 4300. A data foi escolhida pelo autor com a finalidade de mostrar que as questões abordadas são inerentes à raça humana, independendo da época.
Ocorreu que cinco exploradores de cavernas se viram presos por um desabamento no exercício de sua função. Quando começou a operação de resgate, que custou a vida de dez operários, descobriu-se que eles possuíam um rádio comunicador. Ao entrar em contato, perguntaram quanto tempo resistiriam sem comida, e detectaram a impossibilidade de sobrevivência, uma vez que o resgate ainda demoraria.
Assim, um dos exploradores, chamado Whetmore, perguntou ao médico se conseguiriam sobreviver se usassem a carne de um deles com alimento. Com a resposta positiva, decidiram tirar a sorte. No momento em que faziam isso, Whetmore desistiu da idéia, embora tenha sido o sorteado, aceitando depois, segundo eles, ser sacrificado.
Quando finalmente saíram, os exploradores restantes foram acusados pela morte do colega e condenados à forca, uma vez que o juiz de primeira instância levou em consideração a legislação vigente no sentido literal, que prevê essa pena a quem tira intencionalmente a vida de outrem. Após o tribunal dissolver-se, o júri pediu que a pena dos réus fosse reduzida a seis meses de prisão. Quatro juízes votaram sobre o caso.
O primeiro juiz, Foster, absorve os réus, baseando-se em argumentos jusnaturalistas. Ele diz que na situação em que os condenados se encontravam as leis existentes e a eles direcionadas como cidadãos não mais eram capazes de satisfazer a nova realidade. Sendo assim, no momento em que tiraram a vida de Whetemore, eles simplesmente não eram regidos pela lei que os condenou. Dessa forma, deveriam ser absorvidos.
Tatting, o segundo juiz a apreciar o caso, se julga incompetente para tal função, uma vez que se encontra profundamente envolvido emocionalmente, o que o torna incapaz de realizar juízo imparcial. Também usa o