O Brasil E A Civiliza O Industrial A Modernidade Vista A Partir Da Periferia
1 – Como se deu a integração do Brasil na civilização industrial?
O positivismo foi o primeiro representante do mundo moderno em terras brasileiras, durante os primeiros anos da república velha. Porém, quando o positivismo predominava no Brasil, o centro econômico não era a indústria e sim a economia cafeeira. A partir da chamada “Grande Depressão”, no final de 1929, o preço do café e de vários outros produtos primários caem consideravelmente, fazendo com que o Brasil adote um processo de industrialização substitutiva. O setor encarregado de fornecer produtos para este mercado passou a oferecer aos investidores mais vantagens do que o setor dedicado a exportação, proporcionando mais lucro investir em produtos destinados ao consumidor interno do que financiar o setor de exportação. Procurava-se seguir os passos dados no passado pelos países já industrializados e desenvolvidos. Tratava-se de deslanchar um processo de desenvolvimento, imitando os modelos consagrados pela revolução industrial. A mobilidade que constitui característica básica da civilização industrial só irrompe no imediato pós-guerra, de maneira rápida e intensa, e como consequência se acelera o processo de urbanização da população.
2 – Como se manifestou a crise da ideologia moderna do progresso na realidade brasileira?
O Brasil não teve a possibilidade de tomar decisões como sujeito da própria história. O todo social bem como o seu comportamento fora pautado pelos interesses do centro em torno do qual gravitou o país. O centro e o poder real de decisão sempre esteve fora do país. A economia era centrada na plantação ou na extração de minérios, voltada para o exterior, a serviço do centro metropolitano. Sociologicamente era uma sociedade fortemente estratificada, onde cada qual tem o seu lugar rigidamente marcado. Sendo assim, trata-se de uma massa facilmente manipulável que aceita as coisas como são, como sempre foram e como deverão ficar.