O avanço da Fronteira Agrícola Brasileira
Na era da globalização, ocorrem mudanças constantes nas relações internacionais, na estrutura e fluxos do comercio mundial para a grande parte dos paises. Cada Estado é, ao mesmo tempo, aliado e concorrente de seus vizinhos. Nesse cenário mundial, marcado pela formação de blocos econômicos e pela atuação cada vez maior das empresas transnacionais, cada País deve descobrir o campo que for mais propício à exploração adequada de suas potencialidades e que permita uma participação mais vantajosa quanto possível no atual jogo global.
É neste cenário que o Brasil se apresenta como a maior economia da América Latina e a oitava do mundo. Parte de sua riqueza é tradicionalmente atribuída à vocação agroexportadora, fato este, responsável por marcantes divisas na história econômica brasileira. O país, após uma modernização conservadora e excludente - por meio do desenvolvimento científico-tecnológico - de seu setor agropecuário tornou essa atividade extremamente eficiente, competitiva e produtiva. Com uma ampla área de terras agricultáveis e de alta produtividade, o país ainda tem potencial para aumentar sua fronteira agrícola.
No entanto, para a surpresa e desagrado de muitos e muitas de nós, nunca foram tão alarmantes os efeitos negativos do "desenvolvimento" sobre o meio ambiente e as populações tradicionais e rurais de nosso país.
O avanço da fronteira agrícola, especialmente sobre a Região Centro-Oeste, é assustador na velocidade e no estrago produzido. A Região tem sido alvo privilegiado da expansão da fronteira agrícola devido à sua extensão e localização central, que favorecem a integração das demais Regiões do país, sobretudo em direção ao Norte.
Em meio a essa perspectiva de crescimento e posicionamento econômico mundial, esse trabalho tem por objetivo reunir e sintetizar as principais informações acerca dos fatores que motivam e viabilizam a expansão do setor agropecuário nacional por novos territórios, especialmente a Amazônia Legal