O ateneu resenha
AUTOR: Raul Pompéia
EDIÇÃO: 2.000
EDITORA: Rideel
LOCAL E DATA DE PUBLICAÇÃO:
São Paulo; 2.000
Assunto: Sérgio, o protagonista, relembra os dois anos em que viveu no internato chamado Ateneu, num texto marcado por características do naturalismo, mas que não se limita a seguir os preceitos desse movimento literário.
Justificativa da titulo: O titulo do livro é O Ateneu, por que narra dois anos da uma infância em que Sérgio, o protagonista principal da história, vive no internato chamado Ateneu.
O Romance começa com os primeiros contatos de Sérgio, aos 11 anos, com o Ateneu e sua apresentação a Aristarco e D. Ema antes de ser admitido no colégio. Sérgio teve aulas de um professor em domicílio. O pai que lhe diz a porta do Ateneu: “Vais encontrar o mundo. Coragem para a luta”, faz com que o menino um novo ciclo em sua vida, distante do aconchego do lar. Sérgio logo perceberá o significado das palavras do pai e o que está por trás das boas impressões que o internato causa fora dele. Após a entrada de Sérgio no Ateneu, o local é apresentado de forma minuciosa e estilizada. O narrador se atém a cada episódio, buscando na memória o fio condutor da narrativa. Tudo isso amparado por metáforas e comparações, o que garante uma prosa formalmente hiperbólica, com tom de grandeza, como se o estilo elevasse aquele mundo por meio da linguagem. Assim, a cada episódio são descritos os colegas, os desafetos, os baderneiros, os protetores, os professores, Ema e, principalmente, Aristarco, o diretor. As relações entre esses personagens, no relato de Sérgio, formam o Ateneu, que prescrevia a estética naturalista, para a qual o meio se sobrepunha sempre ao indivíduo, determinando-o. Em O Ateneu, isso quase sempre ocorre, mas, na caracterização formal que envolve Aristarco e o Ateneu num mesmo grupo de características, o meio e o indivíduo se identificam. Isso torna as forças de determinação do meio quase nulas, colocando