O Arnaquismo
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O anarquismo foi um movimento que surgiu na mesma época em que emergiu o socialismo de Marx e Engels, tendo em Pierre-Joseph Proudhon um de seus primeiros teóricos, autor do livro “Que é a propriedade?”, de 1840. A primeira base da teoria anarquista é o fim da propriedade privada, pois segundo o próprio Proudhon, a propriedade era o suicídio da sociedade. O segundo termo fundamental da teoria é o fim do Estado, já que existe a crença de que o Estado é nocivo e desnecessário para a sociedade, favorecendo exclusivamente as classes dominantes – no caso da época, a burguesia. A terceira característica do anarquismo é a crença na liberdade e ordem obtida de forma espontânea, sem a intervenção do Estado através de leis.
Para os anarquistas, deveria haver uma sociedade sem Estado, equilibrada na ordem, na liberdade de forma voluntária e na autodisciplina. No caso, o Estado seria uma abstração, uma ficção, uma mentira, que defendia apenas as classes mais altas e deveria ser extinto. Entretanto, os anarquistas são a favor de uma forma de organização voluntária, sendo que os seres humanos deveriam ter a liberdade espontânea sem ter que seguir diretrizes partidárias.
Assim, a própria comunidade deveria se reunir para tomar decisões de seu interesse, desenvolvendo a responsabilidade pelo seu grupo social, independentemente do Estado e das leis, pois as instituições sociais de caráter autoritário impediam que o ser humano desenvolvesse uma perspectiva cooperativa. Movimento político que defende uma organização social baseada em consensos e na cooperação de indivíduos livres e autónomos, mas onde à partida sejam abolidas entre eles todas as formas de poder. A Anarquia seria assim uma sociedade sem poder, dado que os indivíduos de uma dada sociedade, se auto-organizariam de tal forma que garantiriam que todos teriam em todas as circunstâncias a mesma capacidade de decisão. Esta sociedade, objecto de inúmeras configurações, apresenta-se como uma "Utopia" (algo sem