O anticristo - Frederick Nietzsche
Inicia-se falando sobre a compaixão, que pelo cristianismo é vista como uma virtude, e por Nietzsche, é considerada perda de força e causadora do sofrimento. “[...] Através da perda de força causada pela compaixão o sofrimento acaba por multiplicar-se. O sofrimento torna-se contagioso através da compaixão.” Fala que a população denominou a compaixão como sendo uma virtude sacrossanta, assim como denominou “eternidade” e “salvação”, e que a partir deste momento não aceita mais nenhum outro tipo de visão, no entanto, compaixão é na verdade uma forma de fraqueza. Quando o homem se compadece ele perde poder e essa perda gera o sofrimento, e faz com que ele se multiplique. “[...] através da compaixão a vida é negada, e tornada digna de negação.”
Afirma que durante anos o princípio do espírito científico foi visto com desprezo por se tratar de algo que batia de frente com a igreja, e que os homens que simpatizavam com esta vertente eram excluídos da sociedade, considerados inimigo de Deus. No entanto, sabemos que estes estudos científicos tiveram grandes influencias na evolução do homem, como a medicina, que antigamente era vista com profundo desprezo e hoje da à vida humana uma nova possibilidade com suas descobertas de cura para doenças, por exemplo.
Considera os teólogos como inimigos, dizendo que os padres são os “pais da mentira”, e que seus seguidores são desonrados em todos os sentidos, pois são manipulados e não raciocinam, reproduzindo tudo que lhes é dito pelos teólogos. “[...] o padre é visto como realmente é – como a mais perigosa forma de parasita, como a peçonhenta aranha da criação.”
Faz uma analise do cristianismo inicial, criando uma distinção do Jesus de Nazaré antigo, para o que nós conhecemos hoje,