O ALIENISTA E A REFORMA PSIQUI TRICA
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O ALIENISTA E A REFORMA PSIQUIÁTRICAO conto “O Alienista” Machado de Assis nos faz refletir entre a insanidade e a razão. Ele nos conta a história do Dr. Simão Bacamarte um médico recém-chegado da Europa, que era apaixonado pela ciência e decide estudar a loucura em sua cidade natal, Itaguaí.
No princípio dos tempos, a loucura era tida como uma manifestação dos deuses e com isso era reconhecida e valorizada. Com o passar dos anos, o louco é aquele que transgride ou ignora a moral racional e por isso deve ser excluído do convívio social (ALVES et al, 2009).
É a partir do conceito de loucura como algo que foge das normas da sociedade que o Dr. Simão Bacamarte com a ajuda do governo constrói um asilo em uma rua importante da cidade de Itaguaí chamado de Casa Verde devido às cores das suas janelas. O principal objetivo da Casa era estudar profundamente a loucura, os seus diversos graus, classificar os casos, descobrir a causa do fenômeno e o remédio universal para a cura. Lá ele internava quem por meio dos seus estudos e das suas observações (uma demanda externa e artificial) fosse tido como “louco”. Sua concepção de loucura vai se alargando, e aos poucos, mais e mais pessoas vão sendo internadas, algumas por nada. Em poucos meses o asilo tornou-se uma grande povoação.
Os asilos foram criados com a finalidade de funcionarem como depósitos de doentes, mendigos, delinquentes, criminosos e assim removê-los da sociedade com o objetivo de colocar ordem na urbanização, disciplinando-a (MESQUITA, 2010). Será que o asilo de Bacamarte tinha essa finalidade?
De certa forma não, porque ele queria estudar a loucura e conseguir um remédio universal para trata-la, era um homem apaixonado pela ciência. Mas a partir do momento que começou a internar todas as pessoas que tinham um comportamento que fugisse da norma, aí podemos pensar que sim, porque ele queria colocar ordem e disciplinar a população do jeito que achava mais coerente.
Isto jamais poderia dar certo! Como não deu certo