Mem´roias póstumas de brás cubas e sua crítica social
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CRÍTICA SOCIALNotamos uma forte crítica social na obra, mostrando tanto a hierarquia social quanto os interesses intimamente ligados as relações amorosas.
A infância de Brás Cubas foi marcada por privilégios dados pelos pais, mostrando que mesmo que aprontasse, seu pai não lhe dava castigo algum. Além disso, maltratava um negrinho, o Prudêncio, que também lhe servia de montaria. Na escola conhecera Quincas Borba, companheiro de traquinagem. Depois de alguns anos, encontrou-no na miséria, enfatizando que apenas o mais forte sobrevive.
Na juventude, observa-se as relações amorosas intimamente ligadas aos interesses econômicos. Apaixonado por Marcela, Brás Cubas utiliza-se do seu privilégio econômico, gastando enromes recursos da família com joias e presentes. Além disso, nota-se que os mimos que Brás Cubas dava à Marcela eram predominantemente financeiros, e não carnais.
Depois, seu pai o obriga a estudar em Coimbra, abandonando Marcela. Não há grandes ocorridos em sua estadia em Portugal. Com o diploma nas mãos e total inaptidão para o trabalho, Brás Cubas retorna ao Brasil , seguindo sua existência parasitária, permitida pela sua posição social.
Em certo momento, seu pai o aconselha casar-se com Virgília, parente de um ministro, visando um futuro político ao seu filho. No entanto, Virgília casa-se com Lobo neves, o que não impediu de Brás Cubas e Virgília se apaixonarem e terem um caso. "Dois grandes namorados, de paixões sem freio, nada mais ali, vinte anos depois..." (cap. 06). Analisando o papel da personagem Virgília, do ponto de vista conjugal, pode-se dizer que a mesma não ficava nem um pouco preocupada em ferir o marido, pois ela o traía dentro da própria casa. Percebemos a intenção do autor ao criar uma personagem aristocrata, com valores também aristocráticos, mas com o instinto animal apurado a tal ponto de fazê-la esquecer as regras sociais. O amor carnal vence o social.
Fica evidente, em Prudêncio, como a ideologia da elite é