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Após ter fechado acima de R$ 2,92 pela primeira vez em mais de 10 anos na véspera, o dólar continua em forte alta nesta quarta-feira (4).
Na terça, o presidente do Congresso Nacional, Renan Calheiros, surpreendeu o Executivo ao rejeitar a medida provisória 669, que trata de desonerações para vários setores. A decisão agrava as dificuldades em torno do ajuste fiscal.
Às 11h15, a moeda dos Estados Unidos subia 1,45% frente ao real, a R$ 2,9705 na venda. Por volta das 10h, o dólar chegou a ser vendido a R$ 2,9710.
Na última sessão, o câmbio fechou a R$ 2,928 na venda, maior nível desde 2 de setembro de 2004, quando foi a R$ 2,940. Veja cotação. Escalada do dólar
Cotação de US$ 1, em R$
2,8788
2,8792
2,8334
2,8681
2,8852
2,856
2,8951
2,928 cotação 20/02
23/02
24/02
25/02
26/02
27/02
02/03
03/03
2,9
2,825
2,85
2,875
2,925
2,95

As vendas no varejo na zona do euro cresceram em janeiro ao ritmo mais rápido desde maio de 2013, bem mais que o esperado. Os dados foram vistos como o sinal mais recente da melhora da confiança dos consumidores num bloco que busca superar a estagnação econômica.
No cenário interno, investidores têm mostrado menor apetite por ativos brasileiros diante da perspectiva de que, mesmo se o ajuste for bem-sucedido em resgatar a credibilidade da política fiscal, a inflação no Brasil deve fechar 2015 acima de 7% e o país deve mostrar contração econômica.
Atuação do BC
A pressão sobre o câmbio tem sido corroborada também por ruídos sobre a intervenção do BC, que sinalizou que deve rolar perto de 80% do lote de swaps cambiais (equivalente à venda de dólares no mercado futuro) que vencem em 1º de abril, uma posição vendida de US$ 9,964 bilhões. Nos últimos meses, o BC fez rolagens integrais.
Segundo analistas, à medida que o mês se aproximar do fim, investidores devem pressionar cada vez mais o BC a se posicionar sobre o futuro do programa de ofertas diárias.
Nesta quarta, o BC dará continuidade às intervenções diárias

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