I Estudo Dirigido Recuperac A O 2 Bi T121

Disciplina: Sociologia II 2015.1 – 2º bimestre
Profª: Isabel Ostrower
Nome: ___________________________ Turma:_________
I Estudo dirigido de Recuperação
Karl Marx e a teoria do conflito
Afastando-se da filosofia idealista alemã, Karl Marx (1818-1883) procurou compreender “os homens de carne e osso”. Marx lançou as bases do materialismo histórico-dialético para explicar a vida social a partir do modo como os homens produzem socialmente sua existência por meio do trabalho e de seu papel enquanto agentes transformadores da sociedade.
Para Marx, a análise da vida social deve enfocar uma perspectiva dialética, ou seja, deve estudar a sociedade a partir de sua base material, dos fatos concretos. Para ele, o modo de produção da vida material condiciona o desenvolvimento da vida social, política e intelectual. Não é a consciência dos homens que determina o seu ser, é o seu ser social que determina a sua consciência. Para Marx, o homem é um ser social, ele se constrói em um mundo ao mesmo tempo em que é constituído nas relações com outros homens. As circunstâncias fazem os homens assim como estes fazem as circunstâncias. A sociedade é o produto da ação recíproca dos homens, ela não é obra que os indivíduos realizam de forma isolada ou de acordo com desejos particulares.
No processo de produção, os homens estabelecem entre si relações sociais através das quais extraem da natureza o que necessitam. Marx reflete sobre o significado da apropriação por não-produtores (pessoas, empresas ou o Estado) de uma parcela do que é produzido socialmente e desenvolve sua concepção de classe. A existência das classes sociais vincula-se a circunstancias históricas, quando a criação de um excedente possibilita a apropriação privada das condições da produção. As classes não se definem a partir do nível de renda ou da origem dos rendimentos, mas se expressam num modelo dicotômico: de um lado, os proprietários dos meios de produção (capitalista), de outro, os possuidores da força