A m quina que mudou o mundo Resumo
Resumo do livro a máquina de mudou o mundo; Autores: James Womack, Daniel Jones e Daniel Roos; Ano de publicação da primeira edição: 1990;
Elaborado por: Autor desconhecido
O mesmo se aplicava a qualidade. Porque a montadora muito pouco conhecia das técnicas de fabricação de seus fornecedores – fossem estes internos a montadora ou independentes -, era difícil melhorar a qualidade, a não ser estabelecendo-se um montante máximo aceitável de defeitos. Na medida em que a maioria das firmas do ramo produzissem aproximadamente no mesmo nível de qualitativo, tornava-se difícil melhorar tal nível.
Finalmente, havia o problema da coordenação no dia-a-dia do fluxo de peças no sistema de suprimentos. A inflexibilidade das ferramentas dos fornecedores (análoga a inflexibilidade das prensas nas montadoras) e a instabilidade dos pedidos das montadoras, em função das mudanças na demanda do mercado, faziam com que os fornecedores produzissem grandes volumes de peças antes de ajustarem o maquinário para outra, e mantivessem grandes estoques de peças acabadas, para que as montadoras nunca reclamassem do atraso nas entregas (ou pior, cancelassem um contrato). Resultava daí altos custos de estocagem e a produção rotineira de milhares de peças que, mais tarde, na linha de montagem, mostravam-se defeituosas.
Para contrabalançar este problema e atender a um aumento de demanda nos anos 50, a Toyota começou a estabelecer um novo enfoque, de produção enxuta, para o suprimento de componentes. O primeiro passo consistiu em organizar os fornecedores em níveis funcionais, qualquer que fosse a relação legal e formal com a montadora. As firmas de cada nível correspondiam a diferentes graus de responsabilidade. Fornecedores de primeiro nível participavam integralmente do desenvolvimento do novo produto pela equipe responsável. A Toyota pedia, por exemplo, que desenvolvessem um sistema de direção, frenagem ou elétrico que funcionasse em harmonia com os demais sistemas.