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"Nos últimos 20 anos, a produção científica do Brasil aumentou em mais de cinco vezes, enquanto a economia quase triplicou em termos de poder de compra. O país detém mais de dois terços das publicações da América do Sul, mas é semelhante a Argentina, Uruguai e Chile em artigos per capita", relata Richard Van Noorden. Apesar de o Brasil deter o maior número de publicações, o Chile tem mais patentes e a Argentina vence na proporção entre habitantes que trabalham na ciência.
Em 2010 a cifra foi de 1,16%, enquanto um dos líderes mundiais, Israel, investiu 4,35% de seu PIB, de acordo com dados do Banco Mundial. Além de pouco investimentos no ramo, ele se dá centrado na região sudeste. Em São Paulo concentram-se em suas três maiores universidades: Unesp, Unicamp e USP, em ordem de tamanho.
A falta de investimento fora do eixo Rio-São Paulo se dá, também, pela ausência de recursos, material humano e técnico. Essa escassez é tamanha que 45% dos trabalhos científicos recebidos para patentes pertencem à autores estrangeiros que pesquisam no Brasil dentro das universidades públicas; maioria essa que ocupa os cargos mais altos, em maioria, nos laboratórios.
O cuidado que deve ser tomado quanto ao assunto investimento é de não ser somente responsabilidade de ordem pública. O setor privado consegue ter um pior desempenho e investimento na questão das aplicações. Isso dá-se pela demora na tramitação do processo que pode chegar a oito anos, fazendo com que muitras empresas desistam, pois a tecnologia pode acabar se tornando obsoleta antes da saída da patente.
"A política atual de ensino superior no Brasil pressiona para que os pesquisadores publiquem mais e de qualquer jeito",