A vida de jorge amado
Foram tempos difíceis aqueles, principalmente após a implantação da ditadura do Estado Novo. Entre outras coisas, foi preso no Rio e em Manaus, refugiou-se na Argentina, passou por um confinamento em Salvador e teve Capitães da Areia (1937) apreendido e queimado em praça pública por determinação do governo. Com a redemocratização (1945) foi eleito deputado federal por São Paulo, pela legenda do PCB, para integrar a Assembléia Constituinte, mas a alegria dura pouco. O PCB foi proscrito e todos os membros da bancada do partido tiveram o mandato cassado. Sofrendo fortes pressões políticas, durante cinco anos, viajou pela Europa e Ásia. Tomou o rumo de Paris, mudou-se depois para Praga e correu e percorreu o mundo comunista. Recebeu o Prêmio Stálin, pelo conjunto da obra, que aliás foi editada na então União Soviética com tiragens superiores a 1 milhão de exemplares. E, finalmente (1952), retornou ao Brasil como um escritor de sucesso internacional, graças ao poder da máquina publicitária comunista, sim, mas também graças ao fascínio de sua