A vida de Emily dickison
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A vida de Emily dickisonEmily Dickinson é uma das raras escritoras que registra a história da literatura no século XIX, e foi uma das maiores delas. A literatura escrita por mulheres é mais propriamente um fenômeno do início do século XX. Sua presença é uma constante entre os movimentos modernistas das primeiras décadas do século passado. Antes disso, elas aparecem com relativa freqüência apenas em países com uma vasta tradição literária, como a inglesa ou a francesa. Ela é, portanto, um fenômeno anômalo, e como tal, muito muito importante para compreender as primeiras manifestações da luta da mulher pela sua libertação.
Sua vida chama a atenção pela monotonia e completa ausência de fatos significativos. Viveu praticamente toda a vida no isolamento de uma afastada comunidade no interior da Nova Inglaterra, uma situação que contrasta vivamente com a originalidade e profundidade de sua poesia. Uma contemporânea sua, por exemplo, Margaret Fuller, tem uma biografia que parece justificar a qualidade de seus escritos. Foi crítica literária, jornalista e editora de um jornal em uma época em que este era um posto impensável para uma mulher. Traduziu textos de Goethe e foi correspondente de guerra durante a guerra civil italiana que antecedeu a independência do país, morrendo no naufrágio de seu navio quando retornava aos Estados Unidos. Foi precursora do feminismo, defensora dos direitos das mulheres e autora do estudo pioneiro A Mulher no Século XIX. Uma mulher realmente fora dos padrões da época, e como Emily Dickinson, também natural de Massachussets. A biografia de Dickinson, porém, contrasta vivamente com a dela.
Sua vida confunde-se com a vida de milhares de mulheres em sua época. Viveu toda a vida com os pais, trabalhou como governanta na juventude, experimentou alguns casos amorosos, na maioria platônicos, passou suas tardes cuidando das flores do jardim, viajou por breves períodos à casa de parentes nas cidades ao redor, cuidou dos pais na velhice e morreu