A velhice em cena: O que pensam os adolescentes imersos na criminalidade e os não criminosos?
Co-Autor: Pricila Welter
Professor Orientador: Silvana Alba Scortegagna
Titulo: A velhice em cena: O que pensam os adolescentes imersos na criminalidade e os não criminosos?
Introdução:
Estudos apontam que a população idosa tem crescido em um número maior do que o de nascimentos com uma estimativa de que essa população, em 2030, seja maior que o grupo de crianças até 14 anos (IBGE, 2010). A ideia de envelhecer de modo saudável é algo idealizado por uma grande parcela da população, porém ainda não permeia o imaginário dos adolescentes por tratar-se de um acontecimento distante de suas vidas. A chegada da velhice não parece uma preocupação corriqueira, embora necessária, por estes estarem emaranhados com as problemáticas desta fase da vida como as crises normativas ou os processos psicopatológicos emergentes. Diante disto, este estudo investigou o que pensam sobre a velhice os adolescentes que passam pelas mudanças relativas ao processo de desenvolvimento normal, e aqueles que estão em privação de liberdade, cumprimento medida sócio-educativa por terem cometido crime. Além disso, buscou-se entender se há diferenças entre estes dois grupos na forma de entender a velhice.
Metodologia:
Participaram 18 adolescentes do sexo masculino, 10 com idades entre 15 e 18 anos, cursando o 2° e 3° ano do ensino médio de uma escola de rede pública, sem histórico de criminalidade (G1) e 8 homicidas com idades entre 14 e 17 anos, escolaridade média 6°ano ensino fundamental, cumprindo medida sócio-educativa(G2). Como instrumentos utilizaram-se uma entrevista semi-estruturada e a Escala de Crenças em relação à velhice (Neri 1997). A entrevista investigou sobre a caracterização e a escala buscou representar as opiniões em relação aos idosos de forma geral. A coleta de dados realizou-se nas dependências das referidas instituições, posterior a aprovação do projeto pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade de Passo Fundo. Os participantes