A ultima ceia
Obra-prima de Leonardo Da Vinci flertou com o desastre desde a concepção.
A Última Ceia retrata o momento imediato à revelação de Jesus Cristo que seria traído por um dos comensais. A obra foi uma encomenda do duque de Milão, Ludovico Sforza, para ornamentar o seu mausoléu. Leonardo Da Vinci resolveu não usar a técnica tradicional do afresco, em que se pinta sobre gesso úmido para que a parede absorva a tinta – isso o obrigaria a fazer a obra rapidamente. Optou pela mistura de têmpera em uma base seca de breu, gesso e argamassa. O Resultado foi horrível. O material começou a se desprender da parede tão logo a obra foi concluída. No meio do século 16 era impossível identificar os personagens. Passou por uma série de restaurações, a maioria mal feita.
Em 1976, soldados franceses que invadiram a Itália atiraram pedras na obra e rasparam os olhos dos apóstolos. O estado era tão lastimável que em 1821 tentou-se retirá-la do convento. Novo desastre, consertado com cola. Na segunda guerra, uma bomba atingiu o local e a pintura ficou a céu aberto. A grande restauração é de 1978 e durou 21 anos. Hoje é aberta ao público, que pode apreciá-la por 15 minutos. Filmagens e fotos são proibidas. Mas o rigor tem padrão italiano. O ex-primeiro-ministro Silvio Berlusconi recebeu a visita do colega russo Dmitri Medvedev e atendeu a um pedido do hóspede: foram fotografados diante do mural.
A seguir iremos detalhar a análise da obra e as suas concepções:
A ÚLTIMA CEIA –
Raio X
Ano de produção:1495-98
Autor: Leonardo Da Vinci
Local: Convento de Santa Maria delle Grazie, Milão, Itália
Técinica: Têmpera sobre base seca de breu, gesso e argamassa
Tamanho: 460x880 cm
REAÇÕES: Cada apóstolo tem uma reação distinta, da surpresa à indignação. Judas está numa área de sombra, o que sugere sua culpa. Há uma faca, que seria de Simão Pedro, mas o movimento da mão não é natural.
O SAL DERRAMADO: Na última