A teoria da deriva continental

A teoria da deriva continental

Na época das grandes navegações, os europeus passaram a conhecer melhor os contornos dos continentes e puderam, desta forma, fazer mapas que representavam o mundo todo. Ao repararem que a costa leste sul-americana parecia se encaixar na costa oeste africana, muitos estudiosos começaram a se perguntar se isso era um indício de que os continentes já estiveram juntos um dia ou apenas uma coincidência.
O alemão Alfred Wegener reuniu outras evidências de uma possível união dos continentes, como serras com estruturas rochosas parecidas e a descoberta de fósseis idênticos nos litorais dos dois continentes. Com base nessas evidências, Wegener publica um livro no qual propõe a teoria da deriva continental. Essa teoria diz que, há cerca de 225 milhões de anos no período Permiano, todas as terras emersas formavam um único continente, denominado Pangea.
A partir do período Triássico, há cerca de 200 milhões de anos, a Pangea teria começado a se fragmentar, primeiramente entre a Gondwana e Laurásia. Depois a Terra passou pelos períodos Jurássico e Cretáceo até chegar no que ela é hoje. Mesmo com todas essas evidências, devido à falta de uma explicação sobre como os continentes se moviam a teoria de Wegener ficou meio esquecida até os anos 1940.
Estudos que identificaram a idade das rochas do assoalho oceânico demonstraram que essas rochas não tinham mais de 200 milhões de anos, comprovando a hipótese de Wegener de que os continentes teriam começado a se separar durante o período Triássico.
O mais importante é que a idade das rochas do fundo do Oceano Atlântico vai ficando menor conforme nos dirigimos da América do Sul e da África para a Dorsal Meso-Atlântica, provando que o assoalho oceânico vem sendo formado por meio de acréscimo de material rochoso em seu eixo central.