A SUFICI NCIA DAS ESCRITURAS
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Em nossos dias o evangelicalismo moderno parece manifestar uma crescente incredulidade nas Escrituras como regra de fé e prática.
Essa doutrina - a suficiência das Escrituras - foi de suma importância na época da Reforma, pois, com a sua descoberta, os reformadores libertaram o povo de Deus de doutrinas e práticas impostas às suas consciências por autoridade meramente humana.
1. Regra Completa de Fé e Prática
A fé reformada afirma que as Escrituras Sagradas constituem-se numa regra completa de fé e prática. Num manual completo de doutrina, práticas eclesiásticas e vida cristã.
Isto não significa que as Escrituras são exaustivas. Isto é, as Escrituras não contêm toda a vontade de Deus, nem revela tudo sobre o ser de Deus, seus atributos, a criação, o homem, bem como não revela muita coisa sobre os propósitos eternos de Deus.
Nas Escrituras também não nos são fornecidas todas as informações concernentes à vida e ao ministério de Jesus na terra. Elas não registram, por exemplo, quase nada sobre os primeiros trinta anos da sua vida.
Veja como João termina seu Evangelho.
João 21.25 “Há, porém, ainda MUITAS outras coisas que Jesus FEZ. Se TODAS elas fossem relatadas uma por uma, creio eu que nem no MUNDO INTEIRO caberiam os livros que seriam escritos.”
Dizer que as Escrituras são uma regra completa de fé e prática, significa dizer que elas são suficientes, isto é, nas Escrituras encontra-se registrado tudo o que aprouve a Deus revelar à igreja em matéria de fé e prática; tudo o que o homem deve crer e o que Deus requer dele.
Nelas o homem encontra tudo o que deve saber e tudo o que deve fazer a fim de que venha a ser salvo, viva de modo agradável a Deus, o sirva e o adore.
João 20.30,31 “Na verdade, fez Jesus diante dos discípulos MUITOS outros sinais que NÃO estão escritos neste livro. Estes, porém, foram registrados para que CREIAIS que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para que, crendo, tenhais vida em seu nome.”