a revolução industrial e o surgimento da sociologia
A sociologia surge como forma de entender as mudanças e explicá-las. No entanto, é necessário entender que ela é datada historicamente e que o seu surgimento está ligado à consolidação do capitalismo.
As transformações econômicas, políticas e culturais ocorridas, como as Revoluções Industrial e Francesa, colocaram em destaque mudanças da vida em sociedade.
A revolução industrial foi responsável direta pelo aparecimento de fenômenos que hoje são as principais categorias conceituais da sociologia: capitalismo, proletariado, classe social, socialismo, etc.
Assim é que a Revolução Industrial significou, para o pensamento social, algo mais do que a introdução da máquina a vapor. Ela representou a racionalização da produção da materialidade da vida social.
A indústria capitalista foi aos poucos concentrando as máquinas, as terras e as também os grupos sociais, transformando camponeses em trabalhadores industriais. Quando ocorre isso, é consolidado o capitalismo, que divide a sociedade entre burgueses e proletários.
O desaparecimento dos proprietários rurais, dos artesãos, a imposição de prolongadas horas de trabalho, etc., teve um efeito sobre milhões de seres. Não demorou para que as manifestações de revolta dos trabalhadores se iniciassem. Máquinas foram destruídas, atos de sabotagem e exploração de algumas oficinas, roubos e crimes, evoluindo para a criação de associações livres, formação de sindicatos e movimentos revolucionários.
Este fato é importante para o surgimento da sociologia, pois colocava a sociedade num plano de análise relevante, como objeto que deveria ser investigado tanto por seus novos problemas intrínseco, como por seu novo protagonismo político. O que se distingue da percepção de que este papel seja privilégio de um Estado que se sobrepõe ao seu povo.
O surgimento da sociologia prende-se em parte aos desenvolvimentos