A revolução dos bichos
A revolução dos bichos é um livro de extrema importância para entendermos o funcionamento de sociedade comandada por diferentes tipos de governo, além de mostrar a ambição do ser humano e seu desejo pelo poder. Uma ficção que nos mostra que podemos até tentar mudar o modo da sociedade, mas o ser humano não muda, tanto é que os porcos que viviam em luta com os homens, seus eternos inimigos, tornaram-se iguais na sua podridão humana.
BIOGRAFIA DE GEORGE ORWELL
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Nascido Eric Arthur Blair, em 1903, filho de um alto funcionário da marinha inglesa, estacionado na Índia, este bretão de origem hindu leu as primeiras letras na aristocrática Academia de Eton. Desde lá, dá demonstrações de seu pensamento originalíssimo, se desencantando com a sociedade de que faz parte, repudiando todo intelectualismo e seu artificialismo. Aos 19 anos, entra na Polícia Imperial Britânica, voltando à terra-máter de seus ancestrais. Os cinco anos entre Índia e Birmânia são suficientes para que ele deserte, revoltado com a política colonial e imperialista dos ingleses. Voltando à Europa, renúncia à sua origem burguesa, à fortuna, ao passado (que considerava vergonhoso) e ao próprio nome, adotando a alcunha de George. Primeiro em Paris, como operário, "linhão" de fábrica, e depois em Londres, como professor primário, sente, pela primeira vez na carne, o gosto amargo da opressão, da desigualdade. Nesse contexto inicia sua produção literária. Um dos primeiros escritos é "O caminho para Wigan Pier" (1937), onde descreve as condições de extrema miséria dos trabalhadores do norte da Inglaterra, em meio aos quais viveu por algum tempo. Antes, já havia produzido "Vencido em Paris e Londres", onde ataca ferozmente o posicionamento dos escritores de sua época, revolucionários, em tese, burgueses, na prática. Já reconhecido seu talento, assume posturas cada vez mais radicais em favor das classes sociais baixas. Ao deflagrar-se a Guerra Civil