A Revolução Constitucionalista de 1932
Foi a primeira grande revolta contra o governo de Getúlio Vargas.
Contexto
Na primeira metade do século XX, o Estado de São Paulo vivenciou um acelerado processo de industrialização e enriquecimento devido aos lucros da lavoura de café e à articulação da política do café-com-leite, pela qual se alternavam na presidência da República políticos dos Estados de São Paulo e de Minas Gerais.
Em meio à grave crise econômica devido à Grande Depressão de 1929, que derrubara os preços do café, eclodiu a Revolução de 1930, vindo Getúlio Vargas a assumir o poder, colocando fim à supremacia política das oligarquias paulistas. Getúlio nomeou interventores para o governo dos Estados, sendo que para São Paulo foi designado o coronel João Alberto de Barros, considerado pelas oligarquias como "forasteiro e plebeu".Antecedentes do movimento=Em 1932 a irritação das oligarquias paulistas com Vargas não cedeu sequer com a nomeação de um paulista, Pedro Manuel de Toledo, como interventor do Estado e começou-se a tramar um movimento armado visando à derrubada de Vargas, sob a bandeira da proclamação de uma nova Constituição para o Brasil.
O Partido Republicano Paulista e o Partido Democrático de São Paulo, que antes apoiara a Revolução de 1930, uniram-se na Frente Única para exigir o fim da ditadura do "Governo Provisório" e uma nova Constituição. Os paulistas consideravam que o seu Estado estava sendo tratado pelo Governo Federal como uma terra conquistada, governada por tenentes de outros estados e sentiam, segundo afirmavam, que a Revolução de 1930 fora feita "contra" São Paulo.
O estopim da revolta foi a morte de cinco jovens no centro da cidade de São Paulo,