A Revolu O Industrial Como Agente Social E Urban Stico
Constantinopla tomada e o feudalismo paralelamente decadente inflamaram o êxodo rural do século XV, quando a população aglomerou-se em torno dos castelos, onde a burguesia prosperava de forma artesanal. Este cenário figurou na Europa por aproximadamente 300 anos até que o braço humano e animal não fossem mais suficientemente produtivos nas 14 horas de jornada diária e fazia-se necessária uma nova força motriz alternativa.
Watt e tantos outros inventores fizeram de suas criações mecânicas verdadeiras alavancas para o processo fabril em larga escala que se instaurou na Inglaterra a partir do século XVIII, quando apenas um único funcionário seria necessário para operar uma máquina e esta poderia produzir o equivalente a vários deles trabalhando conjuntamente, em muito menos tempo.
Estas condições foram fundamentais para o surgimento do ramo industrial, inicialmente na Inglaterra e depois por todo o continente, que passaram a dotar suas localidades de características comuns como o acelerado adensamento populacional em torno dos parques fabris.
Estes contingentes populacionais eram fundamentais para suprir a demanda por mão de obra das indústrias, porém o fato de terem sido um “fenômeno espontâneo”, em que não houve uma preparação prévia do espaço urbano para a instalação destes, era notória a completa falta de infraestrutura destes distritos, principalmente a que correspondia ao saneamento básico. A ausência de um tratamento da água fornecida, associada ao despejo de efluentes a céu aberto, que rapidamente contaminavam os mananciais, fizeram com que logo surgissem epidemias de cólera e outras.
A “trilogia negra” da idade média – fome, pestes e guerra – não tardaria a surgir por outros meios.
Na França, embora o local de trabalho mais comum fossem as minas de carvão – que supriam a demanda das indústrias britânicas -, a situação não era tão distinta. As minas, no entanto, não se instalaram nos arredores dos