A revolta da vacina
A Revolta da Vacina se iniciou em 10 de novembro de 1904, e durou apenas alguns dias dias, na cidade do Rio de Janeiro. Tudo isso aconteceu quando a República Velha ainda era instaurada como organização política.
Assim como o próprio nome representa, o motivo pelo qual esta revolução aconteceu foi a imposição da vacinação contra varíola por parte do governo para a sociedade.
Por trás da exuberância arquitetônica e social, a cidade era por ora confundida com um padrão alto de organização e preocupação social, mas na verdade, as coisas não eram assim. O saneamento era precário e quase inexistente, o lixo não era coletado e as residências coletivas favoreciam e muito a geração de inúmeras doenças, que eram difíceis de serem controladas por causa de sua velocidade de alastramento. Dentre elas, destacavam-se a febre amarela, a varíola e a peste. Para tentar mudar essa situação, foi feito um grande planejamento para que as áreas urbanas fossem totalmente revitalizadas, onde prédios e casarões que fossem muito antigos seriam derrubados, e a cidade limpa de maneira efetiva. Isso também serviu para a ampliação da área urbana, que ganhou um aspecto de “novo”, mas que ainda tinha muitos problemas. Além disso, milhares de pessoas ficaram desabrigadas graças a esse processo de demolição de casas e cortiços.
Havia também a invasão das casas para a desinfectação e extermínio de mosquitos e parasitas que pudessem carregar novas formas de doenças. Tentava-se eliminar as mesmas eliminando seus transmissores.
O médico Oswaldo Cruz participou ativamente desta revolução, pois fora convidado para assumir a Direção Geral de Saúde Pública, e uma de suas primeiras ações no cargo foi implantar a vacinação obrigatória de toda a sociedade contra a doença que mais atingia a população na época, que era a varíola.
Logicamente, a sociedade não ficou nada feliz com a imposição, e foi para as ruas protestas contra a retirada da liberdade de escolha de suas vidas.